Testemunhos
Em 2012, utente num Centro de Dia, tomava medicação para diabetes. No dia do rastreio tinha o valor acima de 400. De imediato foi comunicado aos auxiliares do Centro de Dia, que informaram os respectivos familiares que não mostraram interesse. Mesmo assim, foi chamado o INEM e o utente foi para o Hospital. Dias depois, a equipa do PASOP entrou em contacto com o utente que informou que estava a ser devidamente controlado e vigiado. Em 2014, o PASOP voltou ao Centro de Dia e ao questionar pelo respectivo utente, teve conhecimento que devido aos diabetes já tinha estado em coma e actualmente estava internado num Lar.
Catarina Sousa
Durante um rastreio de osteoporose, questionou-se a utente se bebia regularmente leite ao que respondeu que apenas colocava um pouco de leite num copo e depois acrescentava água, pois assim um litro de leite durava para um mês / mês e meio. A utente confessou que não tinha condições para comprar alimentos. A equipa de imediato informou a assistente social, que desconhecia a situação, e foi possível que a utente passasse a fazer parte da lista para receber o cabaz alimentar oferecido perlo Centro Social.
Catarina Sousa
Paciente do sexo masculino, deslocou-se onde o PASOP desenvolvia as suas ações de rastreio. Tinha mais de 60 anos e apresentava uma lesão de aspeto exofítico no bordo lateral da língua. Quando questionado sobre a origem da lesão o paciente relatou que há cerca de 6 meses tinha "se picado" com uma espinha de peixe naquela localização e que até então, aquela lesão foi gradualmente alterando o seu aspeto, nomeadamente a sua textura e cor. Após a observação clínica do paciente pela valência de Medicina Dentária, o paciente que se encontrava sozinho, foi de imediato encaminhado para o centro de saúde para que exames complementares de diagnóstico fossem prescritos de modo a ser alcançado o diagnóstico final de uma lesão potencialmente suspeita.
Cátia Silva
Livro do PASOP - 10 anos, 10 entrevistas